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Por que antidepressivos prejudicam a prática sexual?

Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) alertam que, somente no Brasil, cerca de 18,6 milhões de pessoas sofrem de ansiedade e 11,5 milhões enfrentam a depressão. 


Atualmente, os medicamentos mais utilizados para tratar esses quadros psiquiátricos são os chamados inibidores seletivos da recaptação de serotonina.


Essas medicações são consideradas efetivas e seguras para a maioria das pessoas, mas em alguns pacientes podem causar efeitos colaterais, como a diminuição da libido,
bloqueio do orgasmo e ejaculação e até a disfunção erétil.


Isso acontece porque ao aumentar o nível da serotonina, a medicação acaba diminuindo o nível de dopamina, que está relacionada ao desejo e à excitação. 


Por isso, é importante que um paciente com ansiedade e/ou depressão seja atendido por uma equipe multidisciplinar, com médicos de diferentes especialidades, para que juntos controlem as queixas sem prejudicar um aspecto específico.

 

O que fazer se o antidepressivo causa disfunção sexual? 

Em geral, esses efeitos colaterais são mais comuns quando o paciente começa o tratamento. Então, se a queixa vem logo depois do início da medicação, o tempo de espera é o indicado, podendo variar de quatro a oito semanas.


É importante também verificar o histórico clínico do paciente para entender se ele já sofreu com disfunções sexuais previamente e se já foi tratado, para certificar de que o problema tem relação com o uso da medicação e não com algum outro quadro.


Alguns medicamentos antidepressivos de classes diferentes, como a trazodona (da classe chamada de antidepressivos atípicos) e bupropiona (da classe de inibidores da recaptação de noradrenalina-dopamina), são opções de troca, por interferirem menos na atividade sexual.


No caso dos homens, outra possibilidade, é manter o antidepressivo enquanto se trata a disfunção erétil com medicamentos que agem diretamente no problema, como sildenafil e tadalafila.